terça-feira, janeiro 13, 2009

A “[...] transformação das cidades nos põe em contato excessivo com o outro, numa invasão constante de espaço subjetivo.” (Reis, 1996:87). Tem-se, nesse contexto, uma intensa fonte de estímulos em um intervalo de tempo cada vez menor que, tanto consumimos imagens, informações, etc.; quanto somos consumidos pelas sensações, impressões freqüentes e mal conseguimos filtrá-las. O tempo todo somos convocados a viver no sentido de evitar sentir medo, dor, adoecer, em fim, de se deparar com o súbito ou o inesperado ou com o imprevisível; assim, pagamos pela saúde, pela segurança; compramos coisas para ter a felicidade, segurança, lazer etc. Em função disso pagamos por um momento que não se vive.

REIS, Eliana Schueler. Múltiplos EUS.  in: Vários autores. Pontos de Fuga: Visão, tato e outros pedaços. Editora Taurus e Associação Pró-Universidade Livre do Rio de Janeiro, 1996, p.85-96.

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